Justiça quebra sigilo bancário de dirigentes da Universal

Justiça quebra sigilo bancário de dirigentes da Universal

Lavagem de dinheiro
O Globo

SÃO PAULO - O Departamento de Inquéritos Policiais da Capital (Dipo) confirmou nesta segunda-feira que a Justiça de São Paulo determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal de líderes da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), empresários e duas empresas que estariam envolvidas num esquema de lavagem de dinheiro. O Ministério Público estadual e o Tribunal de Justiça de São Paulo não se pronunciaram sobre a decretação da quebra, revelada nesta segunda pelo jornal "O Estado de S. Paulo", alegando que as investigações contra a Universal correm em segredo de justiça. O processo por lavagem de dinheiro se arrasta desde junho de 2006.

Segundo o jornal paulista, tiveram o sigilo quebrado o segundo vice-presidente da Câmara Municipal de Petrópolis, Claudemir Mendonça de Andrade (PSDB) e outros dois ex-vereadores cariocas: Waldir Abrão e João Monteiro de Castro dos Santos. O pastor Márcio de Lima Araújo e o ex-secretário de Esportes de São Paulo, Álvaro Stievano Junior também foram atingidos pela medida judicial. O MP teria tentado quebrar o sigilo do senador Marcelo Crivella (PRB). O caso chegou a ser enviado ao Supremo Tribunal Federal, que negou o pedido. Crivella disse que o caso já foi julgado e ele já foi inocentado.

Investigação descobriu contas nas Ilhas Cayman

O grupo manteria relações com duas offshores em paraísos fiscais no Caribe: Cableinvest Limited e Investholding Limited, nas Ilhas Cayman. Segundo o "Estado", a apuração do Ministério Público paulista foi embasada em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

As empresas que tiveram os sigilos quebrados são a Unimetro Empreendimento S/A e a Cremo Empreendimentos S/A. A Cremo foi aberta em 1991 e tem capital de R$ 28 milhões. A empresa era a proprietária do Cessna Citation-10 usado pelo então deputado João Batista Ramos da Silva para transportar R$ 10,2 milhões em sete malas apreendidas pela PF, em julho de 2005.

A Unimetro foi aberta em 1994 e tem capital declarado de R$ 45 milhões. Há, segundo as investigações, indícios de que ambas seriam usadas para encobrir operações da Universal para utilizar o dízimo dos fiéis em operações com fins lucrativos. A direção da Universal não se pronunciou sobre a quebra do sigilo de seus dirigentes.

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