Nesse domingo (20), a IURD em Angola declarou-se "surpresa" com a ordem de encerramento de quatro dos seus templos (Kilamba, Estalagem, Km 30 e Samba) durante o culto e disse que nenhum deles estava na mira da Justiça no âmbito de uma operação da Procuradoria-Geral da República. Em agosto, a PGR apreendeu sete templos da IURD em Luanda (Alvalade, Benfica, Cazenga, Maculusso, Morro Bento, Patriota e Viana), no âmbito de um processo-crime por alegadas práticas dos crimes de associação criminosa, fraude fiscal e exportação ilícita de capitais.
"Por despacho do Ministério Público, todos os templos da IURD em território nacional estão apreendidos e encerrados, só que o processo de selagem está a ser feito de forma gradual", disse a fonte policial. "Para que não se criem mais dúvidas a respeito, as partes serão notificadas nos próximos dias, para aclarar a situação".
Nesse domingo (20), a IURD em Angola declarou-se "surpresa" com a ordem de encerramento de quatro dos seus templos (Kilamba, Estalagem, Km 30 e Samba) durante o culto. A IURD alegou que a polícia agiu "de forma truculenta e excessiva, cerceando os membros e fiéis que, na ocasião, estavam exercendo seu direito de liberdade de culto".
Polêmicas
A IURD tem envolvimento em várias polêmicas em Angola. Atuais membros da igreja e dissidentes trocam acusações mútuas relativas à prática de atos ilícitos.
Os angolanos, liderados pelo bispo Valente Bezerra, afirmaram que a decisão de romper com a representação brasileira em Angola encabeçada pelo bispo Honorilton Gonçalves, fiel ao fundador Edir Macedo, foi consequência de práticas contrárias à religião, como a exigência da prática da vasectomia, castração química, discriminação social, práticas de racismo, abuso de autoridade, além da evasão de divisas para o exterior do país.
A IURD negou as acusações e afirmou que os dissidentes fazem "ataques xenófobos" e agressões a pastores.