Os gladiadores do altar e as acusações de intolerância religiosa
A última grande polémica da IURD antes do escândalo divulgado pela TVI estalou em 2015, depois de a igreja de Edir Macedo ter anunciado a criação dos “Gladiadores do Altar”, uma milícia composta por jovens fiéis destinada a combater o inferno. O objetivo do grupo era mesmo “entrar no inferno e ganhar almas”, mesmo que isso implicasse morrer. Os gladiadores, considerados por muitos uma espécie de força paramilitar, chocou o país e motivou inúmeras queixas por parte de outras religiões, que acusavam a igreja de ameaçar outros cultos.
Logo em 2015, o Ministério Público Federal anunciou que iria investigar aquele grupo da IURD, na sequência de uma queixa apresentada por religiões afro-brasileiras (que Macedo considera “demoníacas”) em seis estados do Brasil. A Justiça brasileira aceitou as queixas por supostamente conhecer o histórico de perseguição de membros da IURD a estas religiões minoritárias, que se intensificou com a criação do grupo de jovens uniformizados.
Em resposta às acusações, a Igreja Universal disse que o projeto tinha sido mal entendido. “Buscar uma motivação violenta ou condenável em jovens uniformizados que marcham e cantam unidos em igrejas é tão absurdo quanto enxergar orientação fascista em instituições como o Exército da Salvação e o Movimento Escoteiro, ambas organizações mundiais com origem cristã e que, como a Universal, também utilizam a analogia militar de forma positiva e pacífica”, disse na altura a IURD, num comunicado.
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