O Globo
SÃO PAULO - O Departamento de Inquéritos Policiais da Capital (Dipo) confirmou que a Justiça de São Paulo determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de líderes da Igreja Universal do Reino de Deus, empresários e duas empresas que estariam envolvidas num esquema de lavagem de dinheiro. Há, segundo as investigações, indícios de que duas empresas sediadas no paraíso fiscal das Ilhas Caymann seriam usadas para encobrir operações da Universal que utilizam o dízimo de seus fiéis em operações com fins lucrativos. A direção da igreja não se pronunciou sobre a quebra do sigilo de seus dirigentes.
O Ministério Público estadual e o Tribunal de Justiça não se pronunciaram sobre a decretação da quebra, alegando que as investigações contra a igreja correm em segredo de justiça. O processo se arrasta desde junho de 2006. A revelação da quebra do sigilo bancário foi feita pelo jornal O Estado de S. Paulo. Pelo menos cinco pessoas tiveram o sigilo quebrado, entre eles dois ex-vereadores cariocas, um ex-secretário de Esportes de São Paulo.